terça-feira, 30 de setembro de 2008

Visita a Porto Alegre














Casa no Jardim Botânico, Porto Alegre.


Foi um fim-de-semana intenso, novamente com os amigos Rui, Mariângela e Laura. Tínhamos milhas vencendo e, entre tantos destinos ainda desconhecidos, escolhemos visitar novamente Porto Alegre, não só pra matar a saudade dos amigos e da cidade, mas também porque se ofereceram para nos mostrar outros cantos. E, porque não somos bobos, nem nada, lá fomos nós - Marcos e eu, para quatro dias de farra. Como da outra vez teve até tufão, agora encomendamos céu azul e ensolarado e alguém nos atendeu. Começamos indo conhecer o Centro de Vivências Integria e saber mais sobre a bioarquitetura e as engenhosas opções de construção com terra crua. Fomos recebidos com mesa caprichada de bolos, pães caseiros e chá de gengibre. Tudo produzido com ingredientes cultivados ali mesmo, num rinção da Picada Café, entre o fim da estrada, um rio e um paredão. O Casal Esteban e Maria Alice, amigos do Rui e da Mariângela, tocam a fazenda com varinha de condão, pois tudo lá parece meio mágico. Tivemos direito ainda a passeio em Ivoti, a cidade das flores, de colonização alemã, a visita ao Khadro Ling, o templo budista tibetano, que fica num lugar paradisíaco. Fizemos também expedição pelo centro histórico, tomamos café no Café do Cofre no Santander Cultural, vimos exposição na sede da prefeitura, visitamos o Mercado Municipal, batemos perna no brique na Redenção (onde o Rui, ceramista, vende suas peças lindas) e compramos sucos de uva na feira ecológica. E ainda fomos espiar, em Ivoti, na casa da dona Iraci Berghan, como se faz cuca e rosca de polvilho - dois tipos de pães emblemáticos dos gaúchos. Para sorte de todos nós, ainda ganhamos receitinhas das duas coisas. Em Nova Petrópolis, abraçamos o pinheiro multissecular pra tentar sentir o que se passa no cerne de um ser tão velho e poderoso. E não podíamos deixar de visitar a Fundação Iberê Camargo, o único museu que eu já vi com estacionamento parecido com sala de exposição. Sem falar que a toda hora comíamos comidinhas gostosas, especialmente as feitas na casa do casal: saladas da horta, piava assada, chimias de frutas, pães, bolos. E nas trocas que fizemos: levei pra Mariângela uma máquina de costura na mala e trouxe pra cá o famoso moinho de pedra (troca pra lá de injusta para ela, mas nem era troca - ela queria me dar a preciosidade e eu já tinha me programado pra levar de presente uma das máquinas da minha coleção).



Resumindo, vimos e fizemos coisas assim:






Vimos florescer a planta de batata-crem (Tropaeolum pentaphyllun Lam. ), no jardim do Rui. Já falei dela aqui.


Colhemos framboesas em Ivoti. Aqui, Marcos se arrisca entre espinhos.















Algumas, ainda vermelhas, eram apenas para apreciar.


















Cobiçamos as couves roxas na feira ecológica.




Nunca tinha visto tanto mentruz rasteiro junto. Na salada, lembra folhas de mostarda.






















Capuchinhas, na feira ecológica, para enfeitar e comer.


Seu Juarez dos arrozes, na feira ecológica. O aromático integral é indescritível. E todos os outros também. Já falei dele aqui.

















A piava do Rio Uruguai assada e temperada com ervinhas do jardim do Rui, já faz falta. Preparada por ele, ontem. E prontamente devorada com o arroz aromático do Seu Juarez. Receitinha, depois.



Salada da horta do casal, para comer com a piava. Sobre saladeira comedor-de-pássado - criação do ceramista.



Rosca de polvilho, feita pela dona Iraci Berghan - a receita vem depois. Como um pão de queijo gigante, sem queijo. Em fatias finas, foi nosso tira-gosto nas viagens de carro.


Em Porto Alegre a vida corre assim aos domingos ensolarados: com garrafa térmica e cuia de chimarrão, sobre o gramado.















Cucas macias por dentro, crocantes por fora e cheirosas por inteiro. Da Dona Iraci Berghan, de Ivoti.
















Cuca de uva - esperamos sair do forno e comprovamos: cuca quente não faz mal. Imaginem a uva azedinha sobre a massa fina, doce e quente! Cantinho Doce, Ivoti. Tel. 51 3563-1699


Rui e Laura (Fofis), entre os dedos do pinheiro gigante, em Nova Petrópolis













O estacionamento da Fundação Iberê Camargo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Neide e Marcos, o texto e fotos estão lindos,já estamos saudosos,beijo!

Gina disse...

Oi, Neide.
Que passeio maravilhoso! Adorei a planta de batata-crem.
Bjs.

Claudia Lima disse...

Tu viste mais coisas do que eu conheço, sendo gaúcha...
Faz quase 12 anos que sai do Brasil, mas parece que muitas coisas continuam as mesmas. Que bom!
Este Centro Cultural do Iberê é novidade para mim.
Quando eu estudava Artes ele ainda estava vivo e uma professora nos levou ao ateliê dele e pudemos não só ver o trabalho dele como conhecê-lo pessoalmente.
Que bom que aproveitaram bem a viagem.
Bjs :)

Eli disse...

Neide querida que saudade! Olha eu vi seu post sobre a carne de lata mas que sintonia em?! hehe Eu estou sempre salvando os textos e lendo e aprendendo!! Ando na correria com o Rapha mas estou sempre aqui!

Quesia Leal disse...

eita pato gostoso
hum... aí vc me mata de desejo,
ta com uma cara boa...hum...hum...

mario games disse...

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